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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Viva a Vaquejada! Abaixo os Dogmas e Mitos

O artigo é antigo, mas o assunto é atual. Intitulado “SERÁ O FIM DA VAQUEJADA?” e publicado no Blog Cavalo de Vaquejada.com, em 24 de agosto de 2010, o texto rebate alguns dogmas e desmistifica opiniões e preconceitos de pessoas desinformadas em relação a este esporte que é a mais pura manifestação cultural do povo nordestino, gera renda e proporciona empregos.


Será o fim da Vaquejada?



As touradas se foram. Faltam as vaquejadas.


A Espanha proibiu as touradas na manhã de hoje. A norma vale a partir de 2012. Mas a decisão histórica fez com que uma reflexão se fortalecesse por aqui no Brasil e, em especial, no Nordeste. E as vaquejadas, irão até quando? A situação é semelhante. Lá, os admiradores das touradas defendem que a atividade é uma tradição cultural. Os contra usam o fim da tortura contra os animais como apelo. Alguns alegaram até se tratar de uma questão política, vejam só! Disseram que a intenção era extinguir tudo o que fosse espanhol. Mas, apesar da polêmica, a proibição foi aprovada pelo Parlamento com 68 votos a favor e 55 contra, além de nove abstenções. E olhem que a decisão por lá envolveu uma questão econômica e social muito maior do que aqui, gerando 40 mil empregos e bilhões de euros por ano. Algumas entidades defendem o fim das vaquejadas aqui. E você acha que deveria acontecer o que com as vaquejadas?”

O que eu penso sobre isso:

“De fato, essa discussão é bem polêmica e não vou aqui dar minha opinião como sendo “a verdade”. Gostaria apenas de falar que, para quem realmente entende do esporte, o sofrimento do animal é muito mais uma impressão do que um fato. Sei que dizer isso pode sugerir leviandade de minha parte e muitos podem me questionar se eu gostaria de ser derrubado em alta velocidade, porém, é preciso entender que animais não são como seres humanos. A resistência deles é bem maior e, portanto, não sofrem tantos danos.


Claro que isso não dá a ninguém o direito de maltratá-los e não é isso que quero defender. Apenas estou dizendo que não há tantos maus tratos quanto se pensa. Além disso, muitas medidas são tomadas com o intuito de preservar os animais numa vaquejada, sobretudo os cavalos, que, acreditem ou não, seriam mais maltratados do que os bois, caso não houvesse regras restritivas a isso.

Só pra citar algumas regras que são despercebidas pelo grande público, é proibido bater no boi enquanto ele corre; é proibido utilizar-se de materiais afiados que possam agredir a cauda do boi; por regra, as pistas devem ter um mínimo aceitável de areia, para que os animais não se machuquem ao cair, não se pode cansar o boi na saída, etc., etc.


Sei que falar tudo isso pode causar repulsa nos defensores dos animais, mas a verdade é que a vaquejada é uma tradução do trabalho nas fazendas, necessário à produção da carne que abastece todos os lares. E nesse trabalho, sim, existe certa dose de maus tratos. Embora já tenhamos atingido um nível industrial de produção de carne bovina, ainda existe em larga escala a criação que exige o conflito homem/cavalo/boi na fazenda. Não dá pra extinguir a vaquejada sem extinguir isso. A “vaquejada esporte” só chocante por ser mais uma atividade recreativa do homem onde se utiliza de animais que estão ali indesejavelmente, mas não pelo que se imagina de maus tratos. Acreditem ou não, as corridas de cavalos, que são outra modalidade de esporte com animais, são mais cruéis que as vaquejadas – a ponto de um animal com dois anos já não mais poder competir devido ao uso de anabolizantes e alto esforço físico.


Para se ter uma idéia, um cavalo de vaquejada atinge seu auge competitivo aos 10 anos de idade e, para quem pôde ter uma experiência em fazendas onde se treina animais de vaquejada, é fato que os bois que são utilizados para este fim são mais pesados, resistentes e vigorosos que os demais. Se praticada levando em conta o bom senso, a vaquejada não representa mais que exercícios físicos para animais. Afirmo mais uma vez que mesmo que fosse tão simples, ainda assim não teríamos o direito de submeter animais a exercícios que eles não quisessem, mas, se a questão é não submeter animais à uma vida que eles não quisessem, esse tipo de proibição seria válida para peixes de aquário, passarinhos de gaiola, hamsters, cachorrinhos de madame, etc. Ou vocês acham que estes bichinhos gostam das vidas que levam?

Ainda que tivessem total falta de compaixão pelos animais, você acha que os donos dos animais utilizados em vaquejadas seriam burros de submetê-los a tais maus tratos mesmo um boi custando em média R$1.200,00 e um cavalo R$150.000,00? E lembrem-se do que falei: é preciso mais regras em defesa dos cavalos do que dos bois, pois os primeiros sofrem muito mais numa vaquejada.”

E você, o que acha a respeito disso tudo?
 
Fonte: Vaquejada na Midia

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Essa foi boa, "não há tantos maus tratos quanto se pensa", esta foi uma das frases mais absurdas que eu li no texto. Estamos evoluindo, e por isso questões como a ética e o respeito a seres vivos sencientes estão tendo relevância, não basta só ser cultura para a gente continuar apoiando a vaquejada, o respeito a vida dos seres inocentes vem em primeiro lugar, é por isso que muitos atos de covardia e crueldade foram deixando de existir, como a queima das mulheres que eram consideradas bruxas por exemplo. Se naquela época todos pensassem como você até hoje várias mulheres inocentes estariam sendo queimadas, pois naquela época isso era cultura. O ser humano tem que evoluir, e se torturar seres inocentes em prol da diversão dos alienados seres "humanos" continuar sendo algo normal, a violência no mundo só vai aumentar. Sou contra vaquejada, pois jamais apoiaria um "esporte" que tortura seres inocentes pra divertir a platéia, animais em circos já foram proibidos aqui no Brasil, as touradas já foram proibidas na Espanha, e basta ter o mínimo de consciência para entender que animal não é objeto de entretenimento humano, se somos seres evoluídos, devemos mostrar isso buscando banir do nosso planeta atitudes covardes como as que acontecem na vaquejada. Onde está o heroísmo em submeter um ser indefeso a sentir medo e sofrimento? Covarde é quem pratica. Sádico é quem assiste sem sentir repulsa. Totalmente contra

    Bia Bizerra

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